Adoção do IFRS S1 e S2 sobre ESG no Brasil

O Brasil é o primeiro país do mundo a adotar as normas IFRS S1 e S2, emitidas pelo International Sustainability Standards Board (ISSB) em 26 de junho de 2023. Essas normas serão obrigatórias para empresas de capital aberto a partir de 2026, conforme a Resolução 193 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No entanto, as empresas poderão optar pela adoção voluntária das normas já em 2024.

As IFRS S1 e S2 representam um marco significativo na divulgação de informações sobre sustentabilidade e clima pelas empresas brasileiras, com o objetivo de aumentar a transparência e a comparabilidade das informações ESG (Environmental, Social, and Governance), atendendo às demandas de investidores globais e locais.

De acordo com a Resolução 193 da CVM, o relatório de informações financeiras de sustentabilidade deverá, inicialmente, passar por asseguração limitada até dezembro de 2025. A partir de janeiro de 2026, com a obrigatoriedade da divulgação, o relatório deverá ser submetido a uma asseguração razoável, realizada por auditor independente.

A seguir, destacamos os principais pontos de cada uma das IFRS:

IFRS S1 Enfoca os requisitos gerais para a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. As empresas devem fornecer dados relevantes sobre todos os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade que possam impactar seu valor e desempenho.

IFRS S2 Focada nas divulgações relacionadas ao clima, essa norma exige que as empresas reportem informações detalhadas sobre os impactos climáticos em suas operações e ativos, incluindo riscos físicos e de transição, bem como estratégias de mitigação.

Os relatórios elaborados conforme as normas IFRS S1 e S2 devem seguir o mesmo escopo e período de cobertura dos relatórios financeiros, fazendo referência às Demonstrações Financeiras.

A adoção das IFRS S1 e S2 no Brasil representa um avanço significativo na governança corporativa e na transparência das práticas sustentáveis. As empresas devem avaliar o nível de maturidade de suas informações ESG e identificar os esforços necessários para atender aos novos requisitos.

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Sandro Rios

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